Quando Hegel, no inРЅcio do SР№culo XIX, se referiu Р° Sociedade Civil como uma instituiР·Ріo que se encontra entre a famРЅlia e as relaР·С…es polРЅticas do Estado, permitiu uma leitura ambРЅgua sobre a natureza e o papel dessa instituiР·Ріo. Seria a Sociedade Civil uma instituiР·Ріo de intermР№dio tendo, como tal, um papel a desempenhar ou seria uma instituiР·Ріo intermР№dia que abarca o conjunto das relaР·С…es sСѓcio-econСѓmicas e das forР·as de produР·Ріo, como Marx o entendeu?
Embora possa parecer uma questгo de menor importвncia – de intermйdio ou intermйdia – o facto й que ela se apresenta no quotidiano das relaзхes que a Sociedade Civil do Sul estabelece com as Organizaзхes Nгo-Governamentais do Norte e na forma como ambas encaram os desafios da globalizaзгo. Pergunta-se, sгo as ONGs do Sul que tкm de participar da mesma forma que as ONGs do Norte na construзгo de uma globalizaзгo alternativa ou sгo as Sociedades Civis de ambos os lados do planeta que devem interagir na negociaзгo entre cidadгos, estados e mercados а escala global?
Р™ sobre estas questС…es e a necessidade de reconstruР·Ріo do conceito de sociedade civil que, a partir da experiРєncia de MoР·ambique, estas notas se propС…em abordar.
Nota
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Artigo apresentado no Curso de FormaР·Ріo: A GlobalizaР·Ріo Alternativa e as OrganizaР·С…es NРіo-Governamentais do EspaР·o de LРЅngua Oficial Portuguesa; Outubro de 2003; CES, Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra.
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