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Introduзгo
Este й o segundo de uma sйrie de seis estudos participativos e qualitativos da pobreza em Moзambique, efectuados com o objectivo de apoiar o governo na monitoria e avaliaзгo do Plano de Acзгo em curso para Reduзгo da Pobreza Absoluta, PARPA II (GdM 2005). O primeiro relatуrio debruзou-se sobre as relaзхes sociais da pobreza rural no norte de Moзambique, com incidкncia especial no Distrito de Murrupula na provнncia de Nampula (Tvedten, Paulo e Rosбrio 2006). Este relatуrio analisarб as relaзхes sociais da pobreza urbana, aludindo especialmente a quatro бreas (bairros) em Maputo, capital de Moзambique (ver Termos de Referкncia, Anexo 1).
O Governo de Moзambique e os doadores tкm despendido esforзos e recursos considerбveis no desenvolvimento econуmico e reduзгo da pobreza. Embora isto tenha conduzido a melhorias em termos de um crescimento econуmico de 8% anual ao longo dos ъltimos dez anos (Arndt et al. 2006) e a uma reduзгo de 69 para 54% da proporзгo de Moзambicanos a viver na pobreza (INE 2004), os indicadores chave sуcio-econуmicos sгo ainda muito graves: o PIB per capita й de USD 1.117, a taxa de alfabetizaзгo entre adultos й de 46,5% e a esperanзa de vida а nascenзa й de 41,9 anos (Banco Mundial 2006; UNICEF 2007). Isto coloca Moзambique no 172є lugar, entre 177 paнses, do Нndice de Desenvolvimento Humano do PNUD, ou seja o paнs menos desenvolvido da Бfrica Austral (PNUD 2007).
A informaзгo sobre pobreza baseada em pesquisa й reconhecida como importante para as estratйgias de reduзгo da pobreza em Moзambique, conforme expresso no Plano Quinquenal do Governo (GdM 2005) e o PARPA II (GdM 2005) com ele relacionado. Os principais dados para a monitoria e avaliaзгo da pobreza em Moзambique provкm do Recenseamento Nacional (INE 1997 e, em breve, 2008), do Inquйrito Nacional aos Agregados Familiares IAF (INE 1997 e 2004) e do Inquйrito Nacional Demogrбfico e de Saъde (MdS 2005), bem como de diversas anбlises efectuadas pelo Governo de Moзambique com base naqueles dados (ver e.g. DNPO 2004; Chiconela 2004; Maximiano et al. 2005). Adicionalmente, organizaзхes internacionais encomendaram por conta prуpria diversos estudos, dos quais os realizados pelo PNUD (2006), UNICEF (2007) e Banco
Mundial (2007) sгo os mais recentes e abrangentes.
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